O Universidade Aberta é um projeto educativo, artístico e cultural realizado anualmente pela USCS. Após dois anos sem a sua realização presencial, neste ano de 2022, retorna de maneira híbrida: presencial em todos os campus e também on-line. Neste ano, o evento propõe uma ocasião comemorativa de importantes marcos da nossa história, como os 200 anos da Independência do Brasil (em 1822) e os 100 anos da Semana de Arte Moderna (em 1922). O Projeto Universidade Aberta em 2022 contará com uma programação diversificada de atividades educativas, artísticas e culturais, que promoverão diálogos entre a universidade e suas comunidades interna e externa, em especial com os estudantes da educação básica, professores e os universitários, estruturados em três eixos temáticos para o desenvolvimento das atividades que integram a programação:
O Universidade Aberta é um projeto educativo, artístico e cultural realizado anualmente pela USCS.
Após dois anos sem a sua realização presencial, neste ano de 2022, retorna de maneira híbrida: presencial em todos os campus e também on-line. Neste ano, o evento propõe uma ocasião comemorativa de importantes marcos da nossa história, como os 200 anos da Independência do Brasil (em 1822) e os 100 anos da Semana de Arte Moderna (em 1922). O Projeto Universidade Aberta em 2022 contará com uma programação diversificada de atividades educativas, artísticas e culturais, que promoverão diálogos entre a universidade e suas comunidades interna e externa, em especial com os estudantes da educação básica, professores e os universitários, estruturados em três eixos temáticos para o desenvolvimento das atividades que integram a programação:
As atividades desenvolvidas para esse EIXO I concentram-se na abordagem da Independência do Brasil ocorrida em 1822, quando as ideias do Iluminismo pregavam a liberdade de expressão e de culto, a noção de que os homens nasciam livres e iguais e que seus direitos como pessoa predominavam sobre os direitos divinos invocados pelos reis a fim de manter seus privilégios. Aliado a isso, a transferência da Côrte Portuguesa para o Brasil desencadeou um processo de crescimento econômico e cultural que as novas elites brasileiras jamais pensavam em perder, o que resultou na célebre frase: "Brasileiros, de hoje em diante nosso lema será Independência ou Morte". Esse episódio, conhecido como o "Grito do Ipiranga", declarava o rompimento da colônia brasileira de Portugal. Porém, como muitas vezes expresso por José Bonifácio, "Independência sem Revolução", onde foram mantidas as estruturas do regime e sem mudanças sociais por longo período, que ainda são refletidas nos dias atuais.
Nesse Eixo II, as atividades programadas consistem nos 100 anos da Semana da Arte Moderna de 1922, ocorrida de 13 a 17 de Fevereiro daquele ano, um evento artístico e cultural que ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, cuja proposta daqueles artistas era apresentar uma nova estética para todos os ramos artísticos. Assim, inauguraram a corrente do Modernismo nas artes brasileiras. Todavia, este não era o seu único objetivo. O evento, que chocou grande parte da plateia presente, buscou implementar novos processos na confecção das artes e dar-lhe uma feição mais brasileira. Um dos principais objetivos era o rompimento com a estética da arte acadêmica, especialmente do parnasianismo, com o objetivo de popularizar a arte. A Semana da Arte Moderna ocorreu em 1922, ocasião do centenário da independência do Brasil. Esta festa motivou artistas a repensarem a identidade nacional e a buscarem criar algo mais brasileiro. Este pensamento sobre o moderno refletiu na organização das cidades pelo advento da industrialização e crescimento urbano, num período de forte imigração estrangeira, até o fim da Primeira Guerra Mundial. Todas essas transformações motivaram os artistas a buscarem uma nova imagem para o país, que lhe acompanhasse a modernização. Apesar do caráter burguês e paulista do movimento, as novas regras modernistas tomaram todo o cenário nacional.
O Eixo III inclui atividades programadas com o objetivo de trazer reflexões transversais quanto aos desdobramentos, os reflexos e contribuições destes marcos históricos e movimentos, dos últimos 200 e 100 anos respectivamente, onde muito se percebe os efeitos de um colonialismo não interrompido, bem como, de uma identidade cultural que segue elitista e excludente, frente aos desafios de nosso tempo, para se alcançar o desenvolvimento social, econômico e ambiental, e garantir "independência" e "identidade", diante de um cenário marcado pelas inovações e a tecnologia da comunicação e informação, que por sua vez, alicerçam e mediatizam as relações, as produções e os movimentos da sociedade contemporânea, tão quanto, as inferências que podemos fazer sobre tendências e obstáculos desta emancipação e modernidade, no porvir pós industrial e pós-moderno, das eras da informação e do conhecimento.